Domingo, 29 de Junho de 2008
Não é vergonha ter defeitos… Mas ver os dos outros e não os próprios…
Não é vergonha ser trabalhador… Mas fugir ao trabalho…
Não é vergonha cair… Mas ficar caído…
Não é vergonha sucumbir… Mas sucumbir no prazer…
Não é vergonha não ter dinheiro… Mas gastá-lo mal gasto…
Não é vergonha errar… Mas continuar no erro…
Não é vergonha ser ignorante em alguns assuntos… Mas presumir-se sábio em todos eles…
Não é vergonha comer o que a bondade de alguém põe na mesa… Mas, ainda por cima, dizer mal…
Não é vergonha rezar ao levantar-se pela manhã… Mas andar em guerras com os amigos e parentes…
Não é vergonha usar os cabelos compridos… Mas ter ideias curtas…
Não é vergonha ouvir os ditos dos homens… Mas não ouvir a voz da consciência…
Não é vergonha ficar a dever… Mas sim não pensar em pagar…
Não é vergonha ter vergonha… Vergonha é não a ter…
Sábado, 21 de Junho de 2008
Podemos morar numa casa mais ou menos,
Numa rua mais ou menos,
Numa cidade mais ou menos,
E até ter um governo mais ou menos.
Podemos dormir numa cama mais ou menos,
Comer um feijão mais ou menos,
Ter um transporte mais ou menos,
E até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
Até podemos olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos.
Tudo bem.
O que não podemos mesmo, nunca, de jeito nenhum:
É amar mais ou menos.
É sonhar mais ou menos,
É ser amigo mais ou menos,
É namorar mais ou menos,
É ter fé mais ou menos,
E acreditar mais ou menos.
Senão corremos o risco de nos tornarmos em pessoas mais ou menos.
Pense nisso...
Sexta-feira, 13 de Junho de 2008
"Acreditamos saber que existe uma saída, mas não sabemos onde está. Não havendo ninguém do lado de fora que nos possa indicá-la, devemos procurá-la por nós mesmos. O que o labirinto ensina não é onde está a saída, mas quais são os caminhos que não levam a lugar algum."
Norberto Bobbio
Terça-feira, 3 de Junho de 2008
Quando eu era jovem e minha imaginação não tinha limites
sonhava mudar o mundo.
Quando fiquei mais velho e mais sábio, descobri que o mundo
não mudaria: então restringi um pouco as minhas ambições, e resolvi
mudar apenas o meu país.
Mas o país também me parecia imutável.
No ocaso da vida, numa última e desesperada tentativa, quis
mudar a minha família. Mas eles não se interessavam nem um pouco
dizendo que eu sempre repetia os mesmos erros.
Em meu leito de morte, enfim descobri: se eu tivesse começado
por corrigir os meus erros e mudar a mim mesmo, meu exemplo
poderia transformar minha família.
O exemplo da minha família talvez contagiasse a vizinhança,
e assim eu teria sido capaz de melhorar o meu bairro, a minha
cidade, o país, e, quem sabe, mudar o mundo...
Palavras escritas no túmulo de um bispo anglicano, numa
catedral na Inglaterra.
Domingo, 1 de Junho de 2008
A criança que é sempre criticada, Aprende a condenar. A criança que é sempre hostilizada, Aprende a agredir. A criança que é sempre ridicularizada, Aprende a ser tímida. A criança que é sempre envergonhada, Aprende a sentir culpa. A criança tratada com tolerância, Aprende a ser paciente. A criança que é sempre encorajada, Aprende a ser confiante. A criança que é elogiada, Aprende a apreciar. A criança que recebe um tratamento imparcial, Aprende a ser justa. A criança que vive com segurança, Aprende a ter fé. A criança que é aprovada, Aprende a gostar de si mesma. A criança que vive com aceitação e amizade, Aprende a descobrir o amor no mundo. |